As relações sociais ganham novos formatos e, ao mesmo tempo em que se tem toda a atenção voltada para a presença on-line, também se criam distanciamentos. As redes sociais revelam valores e comportamentos das pessoas, apresentando reforço negativo ou positivo que
contribuem para a manutenção ou mudança de atitudes e posicionamentos.
Por fim, ainda estamos no caminho, mas já encontramos indícios de uma era que está se configurando com muitas adaptações: a era virtual. As máquinas nos acompanham e nós acompanhamos as máquinas. O mundo on-line permite que sejamos múltiplos, e nessa
multiplicidade encontram-se inseridas a nossa cultura, nossa moral e costumes. O virtual, ao mesmo tempo em que abre caminhos para que as pessoas possam se expressar e ganhar voz na sociedade, também cria escudos que legitimam a distância e prejudicam a comunicação face a face.
As opções para se transformar e assumir novas personalidades geram um certo desconforto quando se pensa que essa não é a melhor saída para resolver problemas de relacionamento e, por outro lado, proporciona alívio àqueles que de fato não conseguem se integrar e interagir no mundo real. Portanto, vivemos em um mundo cheio de contradições, no qual as redes sociais assumem papel importante na manutenção de laços, na comunicação e interação.
As redes sociais, vistas como buracos de fechadura, revelam mais do que muitos poderiam prever ou mesmo imaginar. Ali, tanto o inconsciente quanto o consciente se manifestam. Nesse contexto, deve-se tomar cuidado para que, na mistura entre virtual e real, não deixemos de viver a coletividade, o contato com o próximo, a troca genuína de experiências e, principalmente, que possamos evitar a descaracterização de nós mesmos.
* Considerações finais do meu artigo intitulado O BURACO DA FECHADURA DAS REDES SOCIAIS – VIDA REAL VERSUS VIDA VIRTUAL, 2012. Trabalho realizado sob orientação de Rodrigo Capella – MBA.
Até a próxima!
Nanda soares