Afinal, onde é a nossa casa? Onde está o nosso lar? Não há lugar, mas a lembrança de algo que nos identifica e acolhe, com qualquer humor, qualquer choro ou pirraça, qualquer sorriso e sem qualquer disfarce. O nosso lugar abrange nossa essência e, mesmo que muitas vezes pareça desalinhado com o hoje, é lá que nos sentimos seguros e plenos. Uma plenitude temporária e inquietante, que logo nos avisa da necessidade de sair e buscar novos horizontes que nos preencha o vazio que insiste em nos visitar.
A nossa crise existencial começa sempre ao rever o passado naquele dado presente, sedento de futuro. Mas de um futuro que nos dê brilho nos olhos e palpite o coração. Que triste pensar que tem gente que passa a vida toda sem um friozinho na barriga, sem as famosas borboletas no estômago. Não, não é sobre exaltar a instabilidade, mas sim sobre valorizar as metamorfoses da vida, que nos empurram para viver novas sensações e experiências.
By Nanda Soares